sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Funeral

      Há tempos considerava criar um blog, afim de despejar minhas idéias absurdas, pensamentos perdidos ou um pouco de poesia cotidiana num espaço 'público'. Não espero que seja comentado ou frequentemente lido. Minhas pretensões atuais são tão grandes quanto o relógio na parede da cozinha, que insiste em travar ocasionalmente. Relógio que, embora tenha seus defeitos, não perde a grandeza de sua função; marcar o tempo, algo que não terei pra sempre, que culminará ao fim inevitável, levando consigo toda a memória passada. Por isto o fiz. Por isto venci meus receios e de agora em diante registrarei tudo que estiver ao meu alcance nessa página, deixando minha impressão nos insólidos registros virtuais antes que eu, de alguma forma, me vá.
      O título é uma exata oposição ao que este primeiro post representa, o 'nascimento'. Ainda sim faz jus ao meu eu que, neste exato momento, morre em parte, dando lugar a outro mais ousado, indiferente aos julgamentos alheios que tanto me perseguem.
      Espero ter ânimo e fluidez pra postar regularmente, requisitando sempre que precisar alguns nomes que julgo capazes também de deixar um pouco de seus 'eus' aqui.
      Ao som de cordas melodiosas e o incessante tamborilar da chuva na janela, finalizo o primeiro de muitos outros posts vindouros (assim espero).